sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A cidade está cheia..


Ontem o cenário na Figueira da Foz foi este..







quinta-feira, 24 de outubro de 2013

É nos pequenos gestos que se faz uma Cidade, uma Vida.


Com o aumento do consumismo surge um dos principais problemas ambientais da actualidade que é a grande produção de lixo. 
O aumento do modelo consumista na nossa sociedade está a trazer como consequência a libertação de gases que promovem o efeito de estufa e a poluição das águas.

Há aproximadamente 40 anos a quantidade de lixo gerada era muito inferior à actual. Hoje, com o aumento da população, a globalização encontra-se num estado tão avançado que muitas vezes adquire-se coisas que não são necessárias, e ao estarmos a consumir estamos automaticamente a produzir impactos.
Sabia que o lixo acumulado produz um líquido chamado Chorume que possui uma coloração escura e um cheiro desagradável? Essa substância atinge as águas subterrâneas e contamina os solos e o meio ambiente.
O lixo é um fenómeno puramente humano, visto que este não existe na natureza pois dela fazem parte elementos de renovação e reconstrução do mesmo.
O mais importante, porém, é a consciencialização da população que me surpreende, em pleno século XXI e com tantos alertas ambientais, que ainda não faça parte do seu quotidiano.

Depois de passar o Verão fora do meu país e da minha cidade (Figueira da Foz) regresso com um cenário bastante vergonhoso e impensável nos dias de hoje. As conhecidas “varandas” em cima do mar, onde muitas pessoas vão almoçar dentro do carro com uma vista panorâmica e privilegiada, são o reflexo da sociedade consumista que temos. Aqui, a “reciclagem” é abrir o vidro do carro e atirar para o chão.
Chocou-me ver, num destes sítios, o espaço - onde o carro permaneceu - completamente limpo e em cada lado das portas o lixo depositado no chão depois de uma bela refeição com vista e cheiro a mar.
Assim pergunto-vos: em vossa casa atiram lixo para o chão como fazem ali?

É uma vergonha social e pessoal fazer este tipo de atitudes quando já são maiores de idade (visto já possuírem carta de condução e carro). O lixo que você atira para o chão não fala, mas diz muito sobre você.
A produção de lixo pode ser reduzida por todos os habitantes através de simples atitudes e mudanças de comportamento e, claro, mentalidade! O lixo deve ser tratado com prudência, pois compromete as reservas de recursos naturais, além de poluir e prejudicar a beleza de paisagem que possuímos nesta cidade. 

O maior de todos os erros é não fazer nada por achar que se faz pouco. Faça tudo o que puder.

E foi assim que passamos uma hora neste pequeno espaço a retirar o lixo. De lá recolhemos um saco de 120 litros de lixo não reciclável, um de 60 litros com vidro e inúmeras garrafas de plástico. Para não falar do lixo que se encontra acumulado na vegetação e que é transportado com o vento para o Oceano. 


Antes:







Depois:




3 dias depois desta acção voluntária regressámos ao local e retirei uma conclusão: É preciso educar estas mentalidades que são capazes de estragar a paisagem e prejudicar o ambiente em que vivem!


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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Os olhares tristes do Zoo

Lémures com frio, macacos irrequietos, araras incomodadas, um tigre entediado, um casuar agressivo. São estas e outras espécies de animais que estão isolados, fora do seu habitat natural. Animais com olhares tristes que enfrentam condições climatéricas diferentes, vegetação que lhes é desconhecida e um material que os separa da liberdade, uma rede de metal. 
Depois de ter sentido a liberdade que existe no Pantanal entristece-me ver estes animais isolados que passam o dia de um lado para o outro só para esticar os membros ou que simplesmente ficam enrolados uns nos outros de modo a combater o frio que não lhes é comum. 

O Jardim Zoológico tem (supostamente) o propósito de educar o público e preservar as espécies mas este acaba por ser um local onde as famílias levam as crianças a ver animais exóticos, procurando entretenimento e não conhecimento.
A grande maioria dos animais que aqui se encontram não estão ameaçados de extinção nem estão a ser preparados para serem libertos no seu habitat natural.

É possível salvar espécies de extinção se os seus habitats naturais forem preservados e se as comunidades locais forem consciencializadas. Incentivar e apoiar projectos de conservação que preservam habitats, resgatam e cuidam de animais exóticos em vez de os criar em cativeiro. 


                                                                  
                                                              Saguin-comum, originário do Brasil




     Lémure-de-cauda-anelada, originário de Madagáscar (macho agarrando a fêmea para proteger do frio que se fazia sentir)



           Bufo-real, presente na África, Europa e Ásia


Macaco-capuchinho, originário do Brasil


        Lémure, originário de Madagáscar


        Gibão-de-mãos-brancas, presente na Índia e Tailândia




       Lémure, originário de Madagáscar



        Macaco Colobus, originário de África



              Casal de Arara-vermelha, originária do Panamá, Paraguai e Argentina






          Canguru, animal-símbolo da Austrália 



       Zebra, originária de África




        Casuar-unicarúnculado, originário do Norte da Nova Guiné





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Arara-azul-grande

Considerado pela UNESCO Património Natural Mundial e Reserva da Biosfera, o Pantanal apresenta uma vasta variedade de ecossistemas que proporcionam condições ideais para as mais diversas espécies de animais que aqui habitam.
Entre várias aves, a Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) é a que mais se destaca pelo seu porte e cor exuberante e também por ser a ave-símbolo da Pousada Araras. Porém, esta espécie encontra-se nas listas de espécies ameaçadas de extinção no Brasil e, nesse sentido, a Pousada Araras possui um projecto de conservação da Arara-azul-grande.

Este projecto acompanha e estuda o seu comportamento, e controla os predadores naturais a fim de garantir a sua reprodução anual, aumentando assim as suas hipóteses de sobrevivência da espécie. Para além deste acompanhamento, o Projecto faz distribuição de ninhos artificiais, construídos em madeira, que são colocados em diversas árvores para esta espécie ter mais hipóteses de nidificar. A plantação da palmeira Acuri, que é a sua principal fonte de alimento, também é uma das tarefas importantes porque faz com que se mantenham na área da Pousada onde possuem todos os elementos necessários à sua sobrevivência.
Já se verifica um aumento do número de Araras-azuis-grandes na área, o que é um bom indicador de que as condições de preservação e conservação na Pousada já estão asseguradas.
As Araras-azuis-grandes (Anodorhynchus hyacinthinus) evoluíram de 27 para 70 indivíduos desde o ano de 1993.










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